Sendo um grande favor a quem pensara
Que um dia poderia ser feliz,
O olhar quase calado não desdiz
O quanto deste sonho se declara...
A vida sendo às vezes muito clara,
Estende-se infinita ao aprendiz,
Porém tão limitada ela me diz
Que enquanto acaricia, desampara.
Aparto-me dos sonhos, vago em vão,
Arcaicas melodias que ressoam,
Os pássaros migrantes, longe voam
Levando à tão distante arribação
Aquilo que restara de um poeta,
Somente uma emoção vã e incompleta...
ALAMEDA DA ESPERANÇA
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
MANTENDO ACESA A FÉ
O amor que eternamente me acompanha,
Comemorando a vida não se cansa
E quando o bem supremo enfim alcança
Abramos e brindamos com champanha
Mantendo acesa a fé, bela campanha,
A vida que virá será mais mansa,
Trazendo na guaiaca, seta e lança
Cupido vê a luta sendo ganha
E brada com prazer, doce loucura,
Teu corpo emoldurado em minha cama,
A fúria dos desejos já nos chama,
Encharca nossa casa de ternura,
Apague a lamparina, vamos lá,
O céu com lua cheia guiará...
Comemorando a vida não se cansa
E quando o bem supremo enfim alcança
Abramos e brindamos com champanha
Mantendo acesa a fé, bela campanha,
A vida que virá será mais mansa,
Trazendo na guaiaca, seta e lança
Cupido vê a luta sendo ganha
E brada com prazer, doce loucura,
Teu corpo emoldurado em minha cama,
A fúria dos desejos já nos chama,
Encharca nossa casa de ternura,
Apague a lamparina, vamos lá,
O céu com lua cheia guiará...
POR SOBRE AS MONTANHAS
Por sobre estas montanhas azuladas
O sol desembainha seu dourado
As nuvens são sublimes almofadas,
Meu horizonte, enfim, iluminado.
Permite que se sonhe com um dia
Sem tempestades, raios e procelas,
Deitando sobre mim a Poesia,
No olhar tão delicado que revelas.
Somente ser feliz, isto me basta,
Ouvindo o canto livre dos canários
Minha alma segue em frente, pura e casta,
Distante dos fantasmas temerários
Que outrora dominaram minha mente,
E o amor se faz inteiro, finalmente...
O sol desembainha seu dourado
As nuvens são sublimes almofadas,
Meu horizonte, enfim, iluminado.
Permite que se sonhe com um dia
Sem tempestades, raios e procelas,
Deitando sobre mim a Poesia,
No olhar tão delicado que revelas.
Somente ser feliz, isto me basta,
Ouvindo o canto livre dos canários
Minha alma segue em frente, pura e casta,
Distante dos fantasmas temerários
Que outrora dominaram minha mente,
E o amor se faz inteiro, finalmente...
SEM JUÍZO
Amor que; sem juízo bate à porta,
Transforma enquanto fere e nos adula,
Por ele, nesta vida nada importa,
Remédio que maltrata e vem sem bula.
Loucura que nos toma e nos adula,
Penetrante delírio que nos corta
Insaciável trama; intensa gula,
Insana fantasia que se aborta
E faz de todo ser um tresloucado.
Refém de cada sonho do passado
Forjando da esperança; porto inseguro,
Esgarça as ilusões e nos transforma,
Amor desconhecendo regra e norma,
Caminho destemido em céu escuro....
Transforma enquanto fere e nos adula,
Por ele, nesta vida nada importa,
Remédio que maltrata e vem sem bula.
Loucura que nos toma e nos adula,
Penetrante delírio que nos corta
Insaciável trama; intensa gula,
Insana fantasia que se aborta
E faz de todo ser um tresloucado.
Refém de cada sonho do passado
Forjando da esperança; porto inseguro,
Esgarça as ilusões e nos transforma,
Amor desconhecendo regra e norma,
Caminho destemido em céu escuro....
ALGUM PRAZER
Se eu trago dentro em mim algum prazer,
É por saber que existes, saiba disso.
Mantendo o coração, frescor e viço,
Um rio de esperança a se verter,
Toando bem mais forte, me faz crer,
Que vale sempre a pena o compromisso,
Jamais serei, tu sabes, mais omisso,
Ao fundo no horizonte, quero ter
A imensa vastidão do amor sincero,
Que é tudo que deveras eu venero,
Ao aplacar as dores costumeiras.
Fazendo dos teus olhos, belos guias,
Eu quero me entranhar nas fantasias,
Mais belas, mais sutis e verdadeiras...
É por saber que existes, saiba disso.
Mantendo o coração, frescor e viço,
Um rio de esperança a se verter,
Toando bem mais forte, me faz crer,
Que vale sempre a pena o compromisso,
Jamais serei, tu sabes, mais omisso,
Ao fundo no horizonte, quero ter
A imensa vastidão do amor sincero,
Que é tudo que deveras eu venero,
Ao aplacar as dores costumeiras.
Fazendo dos teus olhos, belos guias,
Eu quero me entranhar nas fantasias,
Mais belas, mais sutis e verdadeiras...
FIM DE PAPO
É fim de papo e chega de conversa,
O nosso casamento está no fim.
Tu tens andado assim, vaga e dispersa,
Deu praga e destruiu nosso jardim.
A fantasia agora é tão diversa,
Estás sempre distante; até que enfim,
Cansei desta mulher burra e perversa,
Não tenho vocação pra querubim...
Chegando de manhã embriagada,
Falando que estudou a noite inteira,
Depois inventa uma outra baboseira
E finge que jamais andou errada.
Não vou ficar chorando; dê o fora,
Não fique aqui torrando, vá embora!
O nosso casamento está no fim.
Tu tens andado assim, vaga e dispersa,
Deu praga e destruiu nosso jardim.
A fantasia agora é tão diversa,
Estás sempre distante; até que enfim,
Cansei desta mulher burra e perversa,
Não tenho vocação pra querubim...
Chegando de manhã embriagada,
Falando que estudou a noite inteira,
Depois inventa uma outra baboseira
E finge que jamais andou errada.
Não vou ficar chorando; dê o fora,
Não fique aqui torrando, vá embora!
RASGANDO OS TOLOS PRECONCEITOS
Não quero mais saber do amor sem graça,
Sem fogo e sem loucura, simplesmente...
Apenas que me aplaque ou me contente
Eu quero bem mais fogo que fumaça...
O tempo não há dúvidas, que passa,
E o quase não se torna totalmente,
Felicidade agora, isto é urgente,
Eu quero ser de ti, a presa e a caça.
Rasgando os velhos tolos preconceitos,
Pudores são sutis velhacarias,
Fazendo dos sofás, camas e leitos,
Deleite entre as estrelas e o luar.
As noites que desejo; são vadias,
Sem nada que nos possa controlar...
Sem fogo e sem loucura, simplesmente...
Apenas que me aplaque ou me contente
Eu quero bem mais fogo que fumaça...
O tempo não há dúvidas, que passa,
E o quase não se torna totalmente,
Felicidade agora, isto é urgente,
Eu quero ser de ti, a presa e a caça.
Rasgando os velhos tolos preconceitos,
Pudores são sutis velhacarias,
Fazendo dos sofás, camas e leitos,
Deleite entre as estrelas e o luar.
As noites que desejo; são vadias,
Sem nada que nos possa controlar...
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