CARCARÁ
Enquanto os milionários se aprisionam,
Fugindo das camadas miseráveis,
Os dias ficarão insuportáveis,
Mecanismos que nunca funcionam
E as bombas que os estúpidos detonam,
Neste quesito são insuperáveis,
Os homens de poder sempre intragáveis,
Só mudam os seus nomes, pois se clonam...
A fome se espalhando, sempre aumenta,
Abutre de cadáver se alimenta
E viva o carcará – primeiro mundo.
Eu vejo no lixão moças, crianças,
Depois no cabaré, horríveis danças,
E o mesmo antigo povo, inerme, imundo...
MARCOS LOURES
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