VELHOS TRAUMAS
Não penso mais nos medos, velhos traumas,
Agora caminhando sem destino,
Alçando na velhice, este menino,
Que enfrenta a tempestade; pois me acalmas,
Domando em placidez, as duras almas,
Contendo com certeza o desatino,
Voltando num instante a ser ladino,
Transfigurando noites antes calmas...
Na intensa turbulência, a mocidade
Que apenas na cruel maturidade
Eu encontrei depois de tantas falhas.
Não temo mais as noites nem o frio,
O coração se apressa; este vadio,
Andando sobre os fios das navalhas...
MARCOS LOURES
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